O que tomar para dor de dente: o guia completo com 5 opções para o alivio com segurança

1 de novembro de 2025
Artigo Escrito por Equipe BocaPlena

Revisor: Dr Daniel Nascimento. 

Descubra o que tomar para dor de dente, quando procurar um dentista e quais cuidados você deve ter com os remédios.

Se você quer saber o que tomar para dor de dente e aliviar o incômodo com segurança, este guia completo explica os medicamentos mais usados e quando procurar um dentista.

Por que a dor de dente acontece

A dor de dente é um dos incômodos mais intensos que uma pessoa pode sentir.

Ela surge quando algo dentro do dente, ou nos tecidos ao seu redor, está inflamado, infeccionado ou sofrendo pressão.

Esse tipo de dor pode interferir no seu sono, na sua alimentação e até mesmo no seu humor, e quase sempre indica que o corpo está pedindo ajuda.

Na prática clinica, qualquer dor é um sinal de alerta.

Ela mostra que o organismo está tentando chamar atenção para uma região que precisa de cuidado.

Entender o motivo é o primeiro passo para escolher o tratamento certo.

As causas mais comuns de dor de dente

Nem toda dor de dente tem a mesma origem.

Ela pode começar de forma leve e evoluir, ou surgir de repente e se tornar insuportável.

Veja as causas mais frequentes e o que elas significam:

CausaComo é a dorO que pode indicar
Cárie dentáriaDor ao mastigar, sensibilidade ao frio e ao doceMancha escura no dente que atingiu a camada interna (dentina)
Pulpite (inflamação da polpa)Dor forte, contínua, latejante que geralmente piora pela noite ao deitarInflamação dos nervos do dente, podendo precisar de tratamento de canal
Infecção (abscesso)Dor intensa, inchaço por dentro ou por fora da boca, e pode estar ou não associado a febreInfecção ativa que precisa de antibiótico e pode precisar de drenagem
Gengivite / PeriodontiteDor difusa, gengiva inchada e sangrando ou que sangra com facilidadeInflamação do tecido gengival
Dente no siso Dor no fundo da boca, pode estar associado a dificuldade de abrir a bocaPericoronarite (infecção da gengiva ao redor do siso)
BruxismoDor muscular, pressão nos dentes, dor de cabeça, sensação cansaço pela manhã nos músculos da mastigaçãoTensão e desgaste excessivo dos dentes
Ícone de lâmpada acesa representando curiosidade ou ideia interessante.

Curiosidade:  Você sabia que a dor de dente pode continuar mesmo depois que o estímulo desaparece? Isso acontece porque os nervos internos do dente permanecem inflamados, enviando sinais de dor ao cérebro.

O que tomar para dor de dente

Muitas vezes, a dor de dente aparece à noite, durante o fim de semana ou em situações em que é difícil conseguir atendimento imediato.

Nesses casos, o uso pontual de um analgésico ou anti-inflamatório comum pode ajudar a reduzir o desconforto até o momento da consulta, evitando o sofrimento desnecessário.

Ainda assim, o ideal é buscar atendimento de um dentista o quanto antes, para tratar a causa e evitar que a dor volte.

Quando sentimos alguma dor, principalmente quando incomoda muito, é natural buscarmos alguma forma que traga um alívio rápido, mas tomar qualquer remédio sem orientação pode mascarar o problema.

O ideal é aliviar o desconforto até a consulta com dentista, mas sempre respeitando as indicações corretas.

Antes de escolher o que tomar para dor de dente, é importante entender se o problema é inflamatório ou infeccioso.

Abaixo, veja os medicamentos mais usados e em quais situações eles realmente ajudam.

Analgésicos — para dores leves a moderadas

Os analgésicos ajudam a diminuir a percepção da dor, sendo indicados quando o desconforto ainda é suportável.

Eles não tratam a causa, mas podem proporcionar um alívio temporário.

Os analgésicos atuam bloqueando os sinais de dor que o corpo envia ao cérebro.

É como se colocassem um “filtro” momentâneo, reduzindo a sensação de incômodo enquanto o organismo se recupera.

Apesar do alívio rápido, eles não resolvem o problema que causa a dor, como uma inflamação, infecção ou dente comprometido, por isso o uso deve ser apenas temporário até o atendimento odontológico.

Analgésicos mais usadas:

  • Paracetamol (Tylenol®, Tylalgin®) — eficaz para dores leves.
    Dose usual: 500–750mg a cada 6 horas.
  • Dipirona (Novalgina®, Dorilen®) — além de analgésico, tem efeito antitérmico. Dose: 500–1000 mg a cada 6–8 horas, em comprimidos ou gotas.
Ícone de exclamação vermelho sobre fundo amarelo, representando aviso importante.

Atenção: Evite misturar remédios por conta própria. Combinar analgésicos diferentes não aumenta o efeito e pode sobrecarregar o fígado ou os rins

O uso incorreto de analgésicos é uma das causas mais comuns de intoxicação medicamentosa.

Por exemplo, o Paracetamol em doses altas pode afetar o fígado, e o uso frequente de Dipirona pode interferir em exames laboratoriais.

Por isso, se a dor não melhorar em até 48 horas, não aumente a dose — procure imediatamente um atendimento odontológico.

Há diferentes tipos de analgésicos. Alguns são simples, como o Paracetamol e a Dipirona, que aliviam dores leves e moderadas.

Outros possuem ação combinada com anti-inflamatórios ou relaxantes musculares, os quais devem ser usados apenas com prescrição médica ou odontológica, em casos mais intensos de dor.

O ideal é nunca se automedicar, pois cada organismo reage de um jeito e nem todos os medicamentos são indicados para todos os perfis de paciente.

Medicamentos são aliados importantes, mas devem ser usados com consciência.

A dor é um sinal de que algo precisa de atenção.

Usar o remédio certo por pouco tempo é seguro, mas ignorar o problema e adiar a visita ao dentista pode transformar uma simples dor em um tratamento mais complexo.

Anti-inflamatórios — quando há inflamação associada

A dor de dente geralmente tem um fundo inflamatório.

Isso acontece porque, quando um dente está inflamado, o corpo reage liberando substâncias chamadas prostaglandinas, que aumentam o inchaço e a sensibilidade da região.

Os anti-inflamatórios atuam justamente bloqueando essa reação, reduzindo a inflamação e o desconforto, o que ajuda o paciente a conseguir se alimentar e dormir melhor até ser atendido pelo dentista.

Nesses casos, os anti-inflamatórios reduzem o inchaço, a dor e a vermelhidão local.

Diferente dos analgésicos, que apenas aliviam a dor, os anti-inflamatórios agem parcialmente na causa do problema — controlando a inflamação local e, muitas vezes, diminuindo a dor de forma mais duradoura.

No entanto, eles também precisam de cuidado, pois o uso excessivo pode causar efeitos colaterais no estômago, rins ou fígado.

Principais opções:

  • Ibuprofeno (Alivium®, Advil®) — ação anti-inflamatória e analgésica. Dose: 400–600 mg a cada 8 horas.
  • Naproxeno (Flanax®) — ideal para dores persistentes.
    Dose: 250–500 mg a cada 12 horas.
  • Nimesulida (Nisulid®, Cimelide®) — indicado para inflamações agudas. Dose: 100 mg a cada 12 horas.
  • Diclofenaco (Cataflan®, Voltaren®) — indicado para inflamações agudas. Dose: 50 mg a cada 8 horas.

É comum que esses remédios sejam indicados quando há inchaço na gengiva, dor pulsante ou sensibilidade ao toque.

Por exemplo, em casos que a região do dente do siso está inflamada, devido a um trauma gengival ou infecção após tratamento, o uso temporário de um anti-inflamatório pode ajudar bastante até a consulta odontológica.

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Atenção: Esses medicamentos podem irritar o estômago. Tome sempre após as refeições e evite o uso se tiver gastrite, úlcera ou insuficiência renal.

Além disso, é importante não usar anti-inflamatórios por longos períodos sem orientação profissional.

Se a dor persistir por mais de 3 dias ou se houver febre, é sinal de que pode haver uma infecção e que precisa de antibiótico e avaliação odontológica.

O uso correto dos medicamentos pode trazer um alívio; mas o uso incorreto pode mascarar o problema e atrasar o tratamento.

O anti-inflamatório é como um “freio de emergência” — ajuda a conter o desconforto momentâneo, mas não substitui o tratamento da causa.

Por isso, sempre que houver dor acompanhada de inchaço, procure atendimento odontológico para identificar o foco da inflamação e evitar complicações maiores.

Antibióticos — apenas com prescrição odontológica

Os antibióticos não devem ser usados em todas as dores de dente.

Os antibióticos agem combatendo bactérias que causam infecções.

Em odontologia, eles são usados somente quando há sinais claros de infecção bacteriana, pois o uso desnecessário pode trazer mais riscos do que benefícios — especialmente quando a dor tem origem inflamatória, e não infecciosa.

Eles são indicados apenas quando há infecção evidente, com sintomas como:

  • Inchaço no rosto;
  • Febre;
  • Gengiva com pus;
  • Dor intensa ao toque.

Quando há infecção, o corpo costuma reagir de forma visível, como inchaço no rosto, gengiva avermelhada e dolorida, e às vezes até dificuldade para abrir a boca ou engolir.

Nesses casos, o antibiótico ajuda a controlar a infecção até que o dentista possa realizar o tratamento definitivo.

Isso porque o antibiótico não atua na dor nem na inflamação, mas sim nas bactérias que provocam o problema.

Por exemplo, em casos de abscessos dentários, infecção fora do canal ou gengiva com pus, o uso do antibiótico é essencial.

Mas em situações de dor sem infecção, ele não trará melhora — e pode até prejudicar a recuperação natural do organismo.

Opções mais prescritas:

  • Amoxicilina 500 mg (Amoxil®) — 1 cápsula a cada 8 horas, por 7 dias.
  • Amoxicilina + Clavulanato 875/125 mg (Novamox 2x®) — para infecções mais resistentes, 1 comprimido de 12 em 12 horas por 7, 10 ou 14 dias dependendo da infecção.
  • Clindamicina 300 mg (Dalacin C®) — usada em casos de alergia à penicilina. É utilizada para infecções mais resistentes, podendo ser 1 comprimido a cada 8 ou 12 horas por 7 a 10 dias dependendo da infecção.
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Atenção:  Nunca use antibióticos sem recomendação profissional. O uso indevido pode gerar resistência bacteriana e mascarar sintomas de infecção.

O uso inadequado de antibióticos pode gerar resistência bacteriana, fazendo com que as bactérias “aprendam” a driblar o medicamento e ele deixe de funcionar quando realmente for necessário.

Além disso, o uso sem acompanhamento pode mascarar sintomas, atrasando o diagnóstico de infecções mais graves que exigem drenagem ou tratamento endodôntico.

O antibiótico é um aliado poderoso quando usado da forma correta.

Ele controla a infecção, mas não elimina a causa da dor, que quase sempre precisa de tratamento odontológico.

Por isso, nunca se automedique, e siga corretamente o tempo e as doses indicadas pelo profissional.

Dicas do dentista para aliviar a dor com segurança

Nem sempre é possível ser atendido imediatamente, mas há medidas simples que ajudam a controlar o desconforto até a consulta.

Dicas do dentista:

  • Bochecho com água morna e sal: ajuda a limpar e reduzir inflamações leves. Misture meia colher de sal em um copo de água morna e faça bochecho pelo menos três vezes ao dia. Deixe esta mistura de água e sal na boca por pelo menos 1 minuto.
  • Compressa fria (nunca quente): diminui o inchaço e alivia a dor. Aplique por 10 minutos na bochecha.
  • Escovação extra macia: mesmo com dor, mantenha a higiene bucal com escova de cerdas extra macias.
  • Evite alimentos duros e muito quentes: alimentos moles e frios são mais seguros até o tratamento.
  • Durma com a cabeça levemente elevada: esta elevação reduz a pressão sanguínea na região dolorida.
  • Agende a consulta o quanto antes: o remédio alivia, mas só o atendimento de um dentista pode eliminar completamente a causa da dor.

Agora que você sabe o que tomar para dor de dente, lembre-se: o remédio alivia, mas o tratamento com o dentista é o que resolve definitivamente.

Remédios caseiros: o que ajuda e o que evitar

Muitos procuram soluções rápidas na internet, mas nem tudo que parece “natural” é seguro.

Alguns métodos podem piorar a inflamação e até causar queimaduras na mucosa.

Pode ajudar (com moderação)Evite sempre
Bochecho com água morna e salColocar álcool, vinagre ou limão sobre o dente
Compressa fria externaCompressa quente, que agrava o inchaço
Analgésico sob orientação profissionalEsmagar comprimidos e colocar no dente
Boa higiene bucal e fio dental suaveUso de ervas e óleos sem comprovação científica
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Curiosidade:  O calor local dilata os vasos sanguíneos, aumentando o fluxo de sangue e, consequentemente, a dor. Por isso, compressas frias são mais eficazes para aliviar o incômodo momentâneo.

Quando procurar um dentista

A automedicação pode adiar o problema, mas nunca substitui o diagnóstico profissional.

Procure um dentista o quanto antes se você apresentar:

  • Dor persistente por mais de 48 horas;
  • Inchaço no rosto ou gengiva;
  • Febre ou mal-estar;
  • Dificuldade para abrir a boca ou mastigar;
  • Dor que retorna mesmo após tomar analgésico.
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Atenção:  Dor intensa acompanhada de inchaço facial ou febre pode indicar infecção mais profunda — procure atendimento urgente.

Como o dentista trata a dor de dente

Durante a consulta, o dentista fará uma avaliação clínica e radiográfica para identificar a causa da dor.

O tratamento pode variar conforme o diagnóstico:

  • Cáries iniciais: remoção da área afetada e restauração.
  • Pulpite (inflamação da polpa): tratamento de canal para remover o tecido inflamado e restauração.
  • Abscesso (infecção): drenagem da secreção purulenta, tratamento de canal e prescrição de antibióticos.
  • Problemas gengivais: limpeza profunda e ajustes de higiene.
  • Dente do siso inflamado: dependendo do quadro clínico, pode exigir cirurgia de extração ou tratamento prévio com relaxante muscular e antibióticos.
Ícone de balão azul usado nas dicas do dentista no site BocaPlena.

Dica: Tratar a causa é o único jeito de eliminar a dor de forma definitiva. Medicamentos ajudam, mas são apenas um suporte temporário.

Prevenção: como evitar novas crises de dor

Prevenir é sempre o caminho mais inteligente — e mais econômico.

A maioria das dores de dente é resultado de acúmulo de placa bacteriana e falta de rotina de cuidado.

Veja as atitudes que mais ajudam na prevenção:

  • Escove os dentes após todas as refeições ou, pelo menos, 3x ao dia.
  • Use fio dental diariamente, especialmente à noite.
  • Prefira cremes dentais com flúor e troque a escova a cada 3 meses.
  • Ingerir alimentos com intervalos de pelo menos 2 horas entre eles, isso permite que a saliva neutralize os ácidos e inicie o processo de reparação (remineralização) do esmalte dentário.
  • Evite alimentos ricos em açúcar e refrigerantes.
  • Mantenha consultas regulares com o dentista (a cada 6 meses).
  • Não ignore pequenos sinais — uma sensibilidade pode ser o início de um problema maior.
Ícone de lâmpada acesa representando curiosidade ou ideia interessante.

Curiosidade:  Uma cárie pequena pode ser tratada em minutos.
Se ignorada, ela pode evoluir e atingir o nervo, exigindo um tratamento de canal e quem sabe, até uma reabilitação protética.

Cuide do seu sorriso

Cuidar da boca é cuidar da sua saúde como um todo.

A dor de dente é um aviso, e quanto mais cedo você agir, mais simples será o tratamento.

Não espere a dor piorar — procure um profissional de confiança e trate a causa.

Cuide do seu sorriso antes que a dor apareça. Agende uma avaliação com seu dentista.

Quer entender melhor o que significa aquela dor de dente latejante? Veja nosso artigo completo sobre as principais causas e tratamentos.

FAQ – As pessoas também perguntam:

O que é bom para dor de dente muito forte?

O ideal é procurar um dentista o quanto antes. Enquanto isso, use analgésicos como paracetamol ou dipirona, seguindo as doses indicadas. Evite aplicar calor local.

Qual é o melhor remédio para dor de dente?

Depende da causa. Analgésicos ajudam em dores leves; anti-inflamatórios aliviam inflamações; e antibióticos só devem ser usados com prescrição.

O que fazer para aliviar a dor de dente em casa?

Bochechos com água morna e sal e compressas frias ajudam a aliviar. Mas o tratamento definitivo deve ser feito pelo dentista.

Quanto tempo demora para o remédio fazer efeito?

Geralmente entre 30 e 60 minutos. Se a dor persistir por mais de 2 dias, procure atendimento odontológico.

Dor de dente pode passar sozinha?

Pode melhorar momentaneamente, mas a causa continua lá. Só o tratamento profissional elimina o problema de forma definitiva.

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